Hoje quando estou vendo as(poucas)noticias da F1 me deparo com uma foto inusitada:uma espécie de asa na calota da roda de Lewis Hamilton.Foi aí que me deparei com mais um fato que foi mudando do decorrer do tempo:a busca de potência,de resultados,de décimos de segundo,foi mudando um pouco de foco.Mudando de foco,como assim???Eu explico,na década de 70,se falava de aerodinâmica,mas era mais como um segundo plano,que só veio mesmo ser intencificado depois da descoberta do efeito solo,a principal preocupação dos engenheiros da época era potência,começou com o projeto de Colin Champmam de um carro com 4 rodas motrizes,o Lotus 63,o que deu completamente errado graças ao carros com esse dispositivos serem absolutamente ingovernáveis.Nessa mesa época começou os aerofólios,mas timidamente.
Chegou 1975 e Ken Tyrrel e Derek Gardner mostram ao mundo o que seria a maior mudança já vista não só na F1 mas no automobilismo mundial:o Tyrrel P34 de 6 rodas.Mas por que 6 rodas?Em 1976 o regulamento iria mudar dráticamente,ao tomadas de ar "chaminés" iriam ser banidas,a asa traseira iria ficar 20 cm para dentro do carro e várias outras coisas.Foi aí que um gênio chamado Derek Gradner pensou em um jeito de compensar todas essas perdas,principalmente de aderencia,o resultado:um carro de 4 rodas menores na frente de 30 polegadas.Nos testse o carro foi muito bom,conseguiu até vitória com Jody Scheckter mas tinha um problema crucial:a fornecedora de pneus Goodyear não dava os pneus certos,fazendo que o projeto acabasse...Nos anos seguintes vieram os carros asa,mas em 1982 surgiu uma nova novidade:um Williams de 6 rodas,sendo 4 atrás.Nos testes dizem que o carro foi bem,mas tão bem que a FIA não deixou o carro disputar a temporada,prevendo um dominio total das Williams,e proibiu para sempre quem um carro de 6 rodas disputasse um GP de Formula 1(já pensou um Williams FW30 de 6 rodas???).
Esses anos foram uma fase um pouco de transição tecnológica,chegaram os motores turbo,comandados pela Brabham de 1983 e as Williams Honda,acabando com a McLaren Honda,tornando a fabrica japonesa o simbolo dessa era(aliás até hoje a Honda tem motor bom,até em 1967,1968 quando ela fez uma equipe na F1 dizem que os motores além de ótimos faziam tanto barulho que quando saía dos boxes todo mundo tampava os ouvidos)
Foi aí que em 1992,1993 chegou uma nova era:a das inovações tecnologicas,tais como suspenção ativa,controle de tração,etc.Vamos voltar um pouco no tempo,em 1978,mais ou menos,a Lotus e a Tyrrel(se não me engano) trazem para a F1 uma das maiores mudanças aerodinamicas da história:o efeito-solo,que consistia em fazer o contrário de um avião,o avião não usa a aerodinamica para subir?O efeito solo era fazer o contrário e o carro ficar colado no chão,o efeito solo durou um tempo,depois saiu.Até que em 1991 um Tyrrel trazia mais uma inovação,que foi ineficiente mais depois aperfeiçoada:nada mais era que um efeito-solo trazeiro,com a asa dianteira com uma abertura para o ar entrar pelo fundo do carro.
Até que chegamos em 2008 com carros cheios de trambolhos aerodinamicos,asas dianteiras com pontos,asas por tudo quanto é canto,chegando até o boato de uma asa em W,e o pior,até agora,asas nas calotas,acho que a busca pela eficiencia aerodinamica eaderencia chegaram a pontos absurdos,pontos que nos fazem ter saudades de carros como o Tyrrel P34,Lotus 63,carros que propunham inovações,mas sem passar tanto dos limites,e se passar que seja um carro legal,bonito de se ver,carros que quando saem nos deixam saudades...
A busca pela potencia-ontem e hoje
15 fevereiro 2008 | Postado por Blog Velocidade F1 às 22:47
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1 comentários:
É...nao se fazer mais bólidos como antigamente...rs.
Nao virando um trio elétrico, tudo é "meio" aceitável...pelo menos estamos "voltando aos bons tempos".
Quem diria,que tanta tecnologia faria "mal" ao esporte.
Obs:Muito obrigada pelo e-mail,vc nao sabe o quanto me alegro.Tá add.Será sempre bem - vindo.
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